Lembro-me claramente da vez em que, cobrindo um evento de beleza em São Paulo, me vi diante de uma fila de pessoas curiosas por um nome: “Quem fez o lifting?” Era como se o procedimento tivesse virado conversa de mesa de café — e não à toa. Na minha jornada como jornalista especializada em estética, conversei com pacientes, médicos e até assessores de celebridades. Aprendi que o lifting facial é muito mais do que aparência: envolve expectativas, riscos, técnica e, sobretudo, escolhas pessoais.
Neste artigo você vai entender, de forma prática e confiável, o que é o lifting facial, por que tantas celebridades recorrem a ele (ou são acusadas de recorrer), quais são as técnicas mais comuns, riscos, recuperação, quanto esperar em resultados e como escolher um profissional sério. Vou também trazer exemplos reais e fontes confiáveis para você checar por conta própria.
O que é lifting facial (lifting, ritidoplastia)?
O lifting facial, também chamado de ritidoplastia, é um procedimento cirúrgico que reposiciona tecidos e remove excesso de pele para reduzir sinais visíveis de envelhecimento — como flacidez, sulcos profundos e perda de definição do contorno da mandíbula.
Em termos simples: imagine a pele e os tecidos como uma tela que, com o tempo, perde tensão. O lifting reposiciona e “estica” camadas mais profundas (não só a pele) para um resultado mais natural e duradouro.
Por que funciona?
Não é só puxar a pele. Técnicas modernas atuam no SMAS (sistema músculo-aponeurótico superficial) ou em planos mais profundos (deep-plane), sustentando a estrutura em níveis que dão suporte real ao rosto. Por isso resultados ficam mais naturais e duram mais tempo.
Tipos de lifting facial — e quando cada um é indicado
- Lifting tradicional (rhytidectomy): mais abrangente, indicado para quem tem flacidez moderada a acentuada.
- SMAS lift: trabalha a camada profunda que dá sustentação — muito usado para resultados duradouros e naturais.
- Deep-plane facelift: técnica avançada que solta e reposiciona camadas profundas, indicada para modificações mais significativas sem exagerar na tensão da pele.
- Mini-lift (short-scar): indicado para quem tem sinais iniciais de flacidez; cicatrizes menores e recuperação geralmente mais rápida.
- Thread lift (fio): tratamento menos invasivo, com fios de sustentação; resultados mais sutis e temporários — ideal para quem não quer cirurgia.
Por que celebridades recorrem ao lifting — e por que isso vira notícia?
Celebridades vivem sob lente de aumento: cada mudança no rosto vira meme, capa de revista ou pauta. Muitos procuram lifting por motivos parecidos com os de qualquer pessoa:
- Manter imagem pública;
- Recuperar autoconfiança;
- Resultado mais duradouro que procedimentos minimamente invasivos;
- Pressão do mercado profissional, especialmente em áreas como atuação, música e moda.
Nem toda mudança que vemos em famosos é necessariamente um lifting. Há botox, preenchimentos, contorno com gordura (lipofilling), e até mudanças de peso que alteram o rosto.
Exemplos públicos (quando houve reconhecimento)
Algumas personalidades já admitiram publicamente procedimentos estéticos ao longo da carreira — seja por cirurgia ou por múltiplas intervenções. Joan Rivers, por exemplo, falava abertamente sobre suas cirurgias ao longo da vida. Cher também discutiu em entrevistas várias intervenções que fez. Essas admissões ajudam a desmistificar e mostram que a decisão é pessoal e complexa.
Importante: muitas celebridades não confirmam rumores e preferem não comentar. Especulação não é prova.
O que esperar do resultado e da durabilidade
Resultados dependem de técnica, qualidade da pele, cuidados pós-operatórios e estilo de vida (tabagismo, exposição solar, ganho/perda de peso). Em geral:
- Resultados visíveis já aparecem após redução do inchaço, nas primeiras semanas;
- A aparência “definitiva” costuma estabilizar entre 6 a 12 meses;
- Um lifting bem-executado pode manter aparência rejuvenescida por anos, mas não interrompe o envelhecimento natural.
Riscos e possíveis complicações
Como toda cirurgia, lifting tem riscos. Entre os mais comuns estão:
- Hematomas e inchaço;
- Alterações de sensibilidade (formigamento temporário);
- Infecção (rara quando há técnica e cuidados adequados);
- Cicatrizes visíveis (dependendo da técnica e do paciente);
- Assimetria ou necessidade de retoque.
Por isso é fundamental escolher um cirurgião experiente e seguir orientações pré e pós-operatórias à risca.
Como escolher o profissional certo (dicas práticas)
Você quer segurança e resultado natural. Procure por:
- Cirurgião plástico certificado pela sociedade médica do país (no Brasil: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP);
- Experiência específica em ritidoplastia (peça portfólio com fotos antes/depois);
- Bom relacionamento médico-paciente e clareza nas explicações;
- Infraestrutura hospitalar adequada para realização da cirurgia;
- Segunda opinião se existir dúvida.
Recuperação: o que esperar (cronograma prático)
Embora varie, um exemplo comum de recuperação:
- Primeira semana: inchaço e hematomas mais evidentes; descansos e curativos;
- 2–3 semanas: grande parte dos hematomas diminui; muitas pessoas retornam a atividades sociais leves;
- 4–6 semanas: exercícios leves liberados; resultados já mais evidentes;
- 3–6 meses: estabilização dos resultados.
Sempre siga as recomendações do seu cirurgião sobre sono, atividade física, exposição solar e medicamentos.
Alternativas menos invasivas (quando o lifting não é a melhor opção)
- Preenchimentos com ácido hialurônico (melhor para repor volume);
- Toxina botulínica (botox) para linhas dinâmicas;
- Fios de sustentação (thread lift) para elevação sutil;
- Tratamentos de pele (laser, radiofrequência, ultrassom microfocado) para firmeza adicional.
Essas opções podem ser combinadas com cirurgia ou usadas isoladamente, dependendo do objetivo.
Perguntas frequentes (FAQ rápido)
1. Lifting deixa o rosto com aspecto artificial?
Se feito com técnica apropriada e sob indicação correta, o objetivo é naturalidade. O exagero e a cirurgia mal indicada são que causam resultados artificiais.
2. Qual a idade ideal para fazer um lifting?
Não existe idade “ideal”. Depende do grau de flacidez e da expectativa do paciente. Muitos procuram entre 40–70 anos, mas a indicação é individual.
3. O lifting impede que eu envelheça depois?
Não. O procedimento melhora a aparência por anos, mas o processo de envelhecimento continua. Há necessidade de manutenção com hábitos saudáveis e, às vezes, procedimentos complementares.
4. Quanto custa um lifting?
Os valores variam amplamente por país, cidade, cirurgião e técnica. Evite escolher apenas pelo preço — priorize segurança e qualificação.
Fontes e leitura recomendada
Para quem quer checar informações médicas e estatísticas eu recomendo:
- American Society of Plastic Surgeons — página sobre facelift: https://www.plasticsurgery.org/cosmetic-procedures/facelift
- Mayo Clinic — overview sobre facelift e riscos: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/facelift/about/pac-20385212
- Repositório de artigos Médicos: PubMed (busca por “facelift review”): https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=facelift+review
Conclusão
O lifting facial pode ser uma ferramenta poderosa para quem busca rejuvenescimento real e duradouro — inclusive entre celebridades que, por estarem expostas, ajudam a trazer o tema para o debate público. Mas é uma decisão que exige informação, escolha de profissional qualificado e expectativas realistas.
Resumo rápido: entenda sua motivação, pesquise cirurgiões certificados, avalie técnicas e esteja preparado para o pós-operatório. Busque sempre fontes confiáveis e, se possível, converse com pacientes reais e peça fotos antes/depois.
Pergunta final e convite
E você, qual foi sua maior dúvida ou receio sobre lifting facial e celebridades? Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo — sua história pode ajudar outras pessoas a decidir com mais segurança.
Referência adicional de leitura em portal de notícias: G1 — https://g1.globo.com