
     Quem dorme tarde tende a se viciar mais em redes sociais?
Pessoas com hábitos noturnos são mais propensas a se viciar no uso de redes sociais, algo que traz inúmeras consequências negativas. Isso é o que mostrou um novo estudo publicado na revista científica “PLOS One”.
➡️Os pesquisadores da Universidade de Portsmouth e da Universidade de Surrey, ambas no Reino Unido, resolveram investigar a possível relação entre os notívagos (pessoas que preferem ficar acordadas até tarde) e o uso problemático da tecnologia.
A análise revelou que a solidão e a ansiedade são os principais fatores mediadores dessa relação.
Jovens notívagos tendem a se viciar mais facilmente em redes sociais.
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Anna-Stiina Wallinheimo, pesquisadora da Escola de Psicologia, Esporte e Ciências da Saúde da Universidade de Portsmouth, explica que o estudo aponta para um ciclo vicioso.
“Jovens adultos naturalmente mais ativos à noite frequentemente se veem fora de sintonia socialmente, o que pode gerar solidão e ansiedade. Muitos recorrem então aos smartphones e às redes sociais para lidar com isso”, comenta Wallinheimo.
Ela ainda pondera que, apesar das redes parecerem uma alternativa para fugir da solidão, a tendência é que essas ferramentas piorem o problema.
De acordo com os pesquisadores, análises anteriores já mostravam que notívagos são mais vulneráveis ao uso problemático da tecnologia, mas pouco se sabia sobre os motivos por trás da associação desses dois fatores.
“Esses jovens não usam tecnologia apenas porque ela está disponível. Eles usam para tentar aliviar o desconforto emocional”, acrescenta a pesquisadora.
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Problema entre jovens
Para o estudo, os pesquisadores entrevistaram 407 jovens adultos entre 18 e 25 anos. Foram utilizados “instrumentos psicológicos validados” para investigar como a preferência circadiana (ou seja, o horário que iam dormir) se relaciona com uma possível dependência de redes sociais.
🤳🏻O uso problemático dos celulares costuma trazer sintomas como:
Sentimento de ansiedade quando o aparelho está distante
Negligência de responsabilidades em favor do uso do celular
Verificação compulsiva de notificações
Já quando o problema é o vício nas redes, a tendência é o uso excessivo e descontrolado, que passa a interferir na rotina.
Wallinheimo alerta que os jovens notívagos parecem estar mais propensos a desenvolver esse tipo de dependência, justamente por usarem os smartphones como uma estratégia de enfrentamento para lidar com problemas de saúde mental.
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Necessidade de acompanhamento psicológico
Os pesquisadores alertam que, com os níveis de depressão, ansiedade e isolamento entre jovens atingindo níveis cada vez mais altos, os resultados do estudo reforçam a importância do acompanhamento psicológico.
Eles destacam que, nesse contexto, os jovens notívagos são considerados um grupo de maior risco.
Simon Evans, pesquisador da Escola de Psicologia da Universidade de Surrey e um dos autores do estudo, destaca que é necessário elaborar estratégias para enfrentar esse problema.
“Em vez de simplesmente dizer aos jovens para passarem menos tempo no celular, precisamos entender as razões por trás desse uso. Isso significa oferecer estratégias eficazes para lidar com solidão e ansiedade, especialmente à noite”, defende.
Eles ainda defendem a criação de centros de apoio direcionados a jovens adultos, que muitas vezes não percebem como alterações no padrão de sono e dificuldades emocionais podem agravar o vício nas redes.
“Se conseguirmos ajudar os jovens a entender que o celular e as redes sociais não são a solução para a solidão ou a ansiedade – mas parte do problema –, talvez possamos começar a mudar esse cenário”, projeta Wallinheimo.
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