O corpo humano não foi projetado para permanecer em estado sedentário por longos períodos, alertou Francisco Sampaio, neurocirurgião do Hospital Sírio-Libanês, durante o CNN Sinais Vitais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sintoma afeta quatro a cada cinco pessoas.
A evolução humana preparou nosso organismo para atividades como coletar alimentos e realizar movimentos diversos, não para passar a maior parte do tempo sentado. Atualmente, muitas pessoas permanecem em cadeiras por 70% a 80% do seu dia, seja para trabalhar ou descansar, quando o ideal seria utilizar estes momentos apenas para breves pausas.
Andrei Joaquim, chefe da cirurgia de coluna da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disse que devido à alta prevalência de dores nas costas, é importante saber identificar os sinais que indicam a necessidade de buscar ajuda profissional. O especialista recomendam procurar atendimento médico em três situações específicas.
A primeira é quando a dor se torna persistente ou crônica, durando de três a seis semanas. A segunda situação é quando a dor é muito intensa, mesmo que aguda, impedindo a pessoa de sair da cama ou se movimentar. Por fim, deve-se buscar atendimento urgente quando há sintomas adicionais como perda de peso inexplicável, febre ou vômitos.
O sedentarismo crescente na sociedade moderna tem sido apontado como um dos principais fatores para o aumento dos casos de dor na coluna. A mudança nos padrões de atividade física, com menos movimento ao longo do dia, contribui significativamente para este cenário preocupante.