Jair Bolsonaro segue internado e deve ser submetido a um novo procedimento médico nesta segunda-feira (29) para tentar resolver o problema de soluços que o aflige. Segundo apuração de Larissa Rodrigues no Bastidores CNN, a defesa do ex-presidente pretende adiar ao máximo sua saída do hospital.
De acordo com informações obtidas pela analista de Política da CNN, a estratégia da defesa vem sendo construída desde o início da internação, quando Bolsonaro passou pela primeira cirurgia, realizada no dia de Natal. O argumento central é de que o ex-presidente necessita de um acompanhamento médico completo durante os procedimentos e ao longo de sua recuperação.
Estratégia jurídica para permanência hospitalar
A defesa de Bolsonaro argumenta que, mesmo em casos de cirurgias mais simples que normalmente permitiriam alta em até dois dias, o acompanhamento médico mais próximo é fundamental para a recuperação completa do paciente. Entre os pontos destacados está a necessidade de administração de medicamentos em horários específicos e o monitoramento constante da pressão arterial, que teria apresentado elevação recentemente.
Caso haja previsão de retorno de Bolsonaro à sede da Polícia Federal antes do Ano Novo, a defesa deve protocolar um pedido formal para estender sua permanência no hospital. O argumento é que o acompanhamento médico no hospital particular é mais especializado e individualizado do que seria possível na unidade da PF, apesar desta contar com uma equipe médica, conforme decisões anteriores do ministro Alexandre de Moraes.
A equipe médica do hospital particular em Brasília onde Bolsonaro está internado defende que o atendimento oferecido é mais adequado, com um médico praticamente exclusivo para o ex-presidente, diferentemente do que ocorreria na Polícia Federal, onde os profissionais de saúde atendem múltiplos pacientes.
Caso não consiga prolongar a internação hospitalar, a defesa de Bolsonaro deve apresentar mais um pedido de prisão domiciliar, estratégia que já foi utilizada em ocasiões anteriores sem sucesso. A decisão sobre o retorno do ex-presidente à Polícia Federal ou a possibilidade de prisão domiciliar dependerá da evolução do quadro clínico após o novo procedimento médico.
