A relação das crianças com os alimentos é fundamental para prevenir a obesidade infantil, e os pais têm papel crucial nesse processo. Especialistas destacaram, no CNN Sinais Vitais, a importância de criar uma conexão positiva e duradoura com a alimentação desde os primeiros anos de vida.
Uma das principais recomendações da nutricionista Larissa Mattar, do serviço de Endocrinopediatria do ICr-HC-FMUSP, é não forçar ou pressionar as crianças a se alimentarem. “O alimento é um prazer, é uma necessidade, não uma obrigação”, explicou a especialista. A pressão excessiva pode gerar ansiedade e desenvolver uma relação prejudicial com a comida.
Participação ativa no processo alimentar
Outro aspecto fundamental é promover o contato direto das crianças com os alimentos em casa. Isso inclui envolvê-las no processo de compra e preparo das refeições, permitindo que conheçam diferentes ingredientes. Muitas crianças chegam aos consultórios sem conhecer alimentos básicos como berinjela ou beterraba, devido à falta de familiaridade com esses itens.
A nutricionista alerta sobre um erro comum: usar alimentos como sistema de recompensa. Frases como “se você raspar o prato, ganha sobremesa” devem ser evitadas, pois estabelecem uma associação entre comida e estados emocionais. Essa prática pode fazer com que, no futuro, a criança busque conforto na comida quando estiver triste ou frustrada.
A orientação é manter uma abordagem positiva em relação à alimentação, incentivando o consumo de alimentos saudáveis de forma natural e sem pressão. O objetivo é construir uma base sólida para hábitos alimentares que perdurem por toda a vida.