Nos consultórios, os relatos se repetem: “Se eu não tomar clonazepam, não durmo.” “Sem ele, fico agitada.” As frases foram ouvidas pelo neurologista Alan Eckeli, especialista em Medicina do Sono e professor da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Elas são, quase sempre, ditas por pacientes acima dos 60 anos — e anunciam uma dependência silenciosa.