O resultado prático de um anúncio presidencial como esse, em vez de proteger famílias, é ampliar o dano. Primeiro, gera medo em gestantes que precisam tratar febre e dor. Febre alta na gestação pode, de fato, aumentar riscos reais, e a orientação de décadas tem sido usar acetaminofeno com parcimônia, na menor dose eficaz, por menor tempo possível. Ao semear pânico, o governo empurra pacientes para o pior dos mundos, a não tratar febre ou buscar analgésicos com perfil de risco mais problemático. Segundo, reforça o estereótipo de que o autismo tem um “culpado simples” e recente, o que estimula caça às bruxas doméstica, culpa materna e rachas em comunidades que lutam por inclusão.