Durante as festas de fim de ano, muitas pessoas acabam exagerando no álcool e sofrendo com a temida ressaca no dia seguinte. Dor de cabeça, enjoo e sede excessiva são alguns dos sintomas desagradáveis que acompanham essa condição. Mas afinal, o que realmente funciona para aliviar esses sintomas? Café, isotônicos ou remédios preventivos são eficazes?
A bióloga e influenciadora Mari Krüger, com mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, traz algumas notícias não muito animadoras sobre o assunto. “Não existe nada de milagroso que previna a ressaca. O que faz a gente se sentir mais desinibido quando bebe álcool é o efeito de uma intoxicação. Então, vamos ter que lidar com os efeitos dessa intoxicação no dia seguinte”, explica.
Prevenção e hidratação são fundamentais
Segundo Mari, o clássico “um copo de álcool, um copo de água” continua sendo a melhor estratégia para minimizar os danos. “Manter a hidratação faz reduzir muitos dos sintomas do dia seguinte, porque muitos dos sintomas que sentimos vêm da desidratação. Quando bebemos álcool, perdemos muito líquido”, afirma.
Quanto aos remédios que prometem prevenir a ressaca, a especialista é categórica: “Remédio antes de beber álcool, enquanto está bebendo álcool, é totalmente desaconselhado. Está na bula desses medicamentos”. Ela ressalta que a automedicação é sempre perigosa, mesmo para os remédios do dia seguinte.
Para quem realmente exagerou e está sofrendo com vômitos ou diarreia, o isotônico pode ajudar a repor eletrólitos como potássio e sódio, mas não é essencial. “A água pode ser suficiente. Os sucos de frutas também são bons, principalmente de frutas refrescantes e com muito líquido, como melancia, melão e abacaxi”, recomenda.
Alimentação adequada antes e depois
A alimentação também desempenha papel importante tanto na prevenção quanto na recuperação da ressaca. Mari desaconselha o café no dia seguinte, pois pode ser agressivo para o estômago já prejudicado pelo álcool. Já o leite pode ser uma boa opção antes de beber, pois mantém a hidratação por mais tempo.
“É importante fazer uma refeição nutritiva no dia seguinte. Sei que dá vontade de comer um “podrão”, mas as comidas muito gordurosas não são ideais”, explica. A vontade de carboidratos faz sentido, segundo ela, porque o corpo precisa de energia para lidar com a intoxicação.
Mari também alerta para o mito de que beber mais álcool alivia a ressaca: “Não, pelo amor de Deus! Seu fígado está precisando de ajuda, seu cérebro, seu estômago, seu corpo inteiro. Então, descanso, refeições equilibradas, muito líquido, frutas e esperar passar, que eu juro que vai passar”.
A especialista finaliza lembrando que a ciência é clara ao dizer que não existe uma dose segura ou saudável de álcool. “Reduzir o álcool o máximo possível é o ideal. Sabemos que o álcool está inserido na nossa cultura, nessas datas comemorativas, então beber o mínimo possível, se alimentar bem e se hidratar bem são as melhores estratégias”.
