A equipe médica de Jair Bolsonaro informou que realizará um bloqueio anestésico do nervo frênico antes da cirurgia de hérnia inguinal bilateral a que o ex-presidente será submetido. Segundo apuração de Duda Cambraia ao Agora CNN, o procedimento visa reduzir os soluços persistentes que Bolsonaro tem enfrentado, possibilitando assim a realização da cirurgia.
“O tratamento vai ser com internação hospitalar e realização de bloqueio anestésico do nervo frênico, que é o nervo do diafragma – e será anestesiado para diminuir os soluços para realização dessa cirurgia da hérnia bilateral na virilha do ex-presidente”, apontou Cambraia.
De acordo com nota divulgada pelos médicos Cláudio Biroline, cirurgião geral, e Leandra Chenique, cardiologista, à analista Jussara Soares, da CNN, exames clínicos, laboratoriais e de imagem foram realizados para investigar a condição de Bolsonaro, que vinha sentindo dores na região da virilha. O diagnóstico confirmou uma hérnia inguinal bilateral com protrusão de alça intestinal durante a manobra de valsava, quando há aumento provocado da pressão abdominal.
A defesa de Bolsonaro ainda não definiu a data para a realização da cirurgia, denominada herniorrafia inguinal bilateral. Os advogados estão alinhando com a equipe médica qual seria o melhor dia para o procedimento. Após a definição, a data deverá ser comunicada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a cirurgia após perícia da Polícia Federal.
“Depois dessa autorização do ministro Alexandre de Moraes, para a realização dessa cirurgia, o próximo passo é a indicação dessa data através da defesa do ex-presidente, para sabermos qual a logística do procedimento cirúrgico”, informou a repórter.
Vale lembrar que o pedido da defesa para que Bolsonaro cumprisse prisão domiciliar durante o período de recuperação foi negado por Moraes. Desta forma, após o procedimento cirúrgico e o período de internação hospitalar, o ex-presidente deverá retornar à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso desde 22 de novembro. A distância entre o local de detenção e o hospital apontado para o procedimento, na Asa Sul, onde possivelmente será realizada a cirurgia, é de apenas 1,3 km, o que facilita a logística de transporte.
Após o envio da data da cirurgia ao STF, a Procuradoria-Geral da República terá até 24 horas para dar seu parecer sobre a questão. A expectativa é que essa definição ocorra a qualquer momento, conforme os médicos e advogados cheguem a um consenso sobre o melhor momento para a realização do procedimento.
