A mamografia é considerada o principal exame para a detecção precoce do câncer de mama, sendo fundamental sua realização anual a partir dos 40 anos de idade. Durante o CNN Sinais Vitais, o mastologista André Mattar, do Hospital da Mulher, destaca que o objetivo do rastreamento é identificar a doença antes que ela se torne clinicamente perceptível ou apresente sintomas.
Quando um tumor é descoberto em estágio inicial, com aproximadamente 5 milímetros, as chances de cura são significativamente maiores, e o tratamento tende a ser menos agressivo. Pacientes diagnosticadas precocemente podem evitar procedimentos mais invasivos, como a quimioterapia ou a mastectomia total, optando por cirurgias conservadoras.
“Se eu tratar um câncer de mama bem pequeno, com 5 milímetros, vou ter menos chance de morrer da doença e o tratamento vai ser menos agressivo”, destaca Mattar.
Recomendações atualizadas
O Ministério da Saúde passou a recomendar recentemente o início do rastreamento aos 40 anos, alinhando-se às diretrizes que já eram defendidas por sociedades médicas há mais tempo. A orientação é que o exame seja realizado anualmente após essa idade.
É importante ressaltar que nem toda alteração identificada no exame significa necessariamente a presença de câncer. Na maioria dos casos, as alterações são benignas, mas todas precisam ser devidamente investigadas para garantir um diagnóstico preciso.
Desafios no sistema público
Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) disponha de equipamentos suficientes para realizar mamografias, a adesão ao protocolo ainda é baixa. Dados mostram que apenas 25% a 30% da população-alvo efetivamente realiza o exame, quando o ideal seria uma cobertura de pelo menos 70% a 75%.